O que é Marketing de Conteúdo?

O marketing de conteúdo é considerado uma estratégia de atração de clientes por meio da produção de conteúdos personalizados, úteis e relevantes, sejam eles postagens, podcasts, e-mails marketing, textos, vídeos, ebooks ou outros. Vale ressaltar que não se trata de venda direta, mas sim de um conteúdo que faça sentido para os consumidores da marca e que realmente irá agregar algo ao seu conhecimento ou resolver seus problemas.
A criação de conteúdos atrativos para clientes e potenciais clientes de uma marca faz com que ela ganhe relevância em seu meio, além de gerar engajamento, por isso, o conteúdo útil deve estar no centro do marketing de conteúdo.
Com o marketing de conteúdo, as empresas e marcas fornecem informação de qualidade ao invés de ir direto à venda, fazendo com as pessoas se conectem com a marca antes mesmo de adquirir algo. Sendo assim, no momento de decisão de compra, ela já se identifica com a marca, tornando essa conversão mais fácil.
Outro ponto bastante positivo é a perenidade do marketing de conteúdo, pois ele cria bases robustas de retenção do seu público-alvo, já que as pessoas sempre estarão interessadas em conteúdos relevantes e valiosos.
Considerando isso, é importante também que você não confunda o marketing de conteúdo com a enxurrada de informação que recebemos diariamente das marcas. Um conteúdo bem elaborado e pensado para agregar valor à vida das pessoas que são clientes ou que possam vir a ser é muito diferente do monte de material sem valor algum que recebemos constantemente.
Assim sendo, conclui-se que o marketing de conteúdo é uma técnica de criação/curadoria e distribuição de conteúdo relevante e valioso para atrair, conquistar, encantar e engajar um público-alvo claramente definido e compreendido – sempre com o objetivo de impulsionar uma ação lucrativa do cliente.

História do Marketing de Conteúdo

Você pode achar que o marketing de conteúdo é algo recente, mas, apesar de ele ter tomado maior destaque atualmente, ele começou no século XIX, com a publicação da revista The Furrow pela Companhia John Deere, fabricante de máquinas e equipamentos agrícolas.
Publicado desde 1861 pelo produtor de mel Samuel Wagner, o American Bee Journal possui conteúdo pensado para agricultores e existe até hoje com o objetivo de levar conteúdo de qualidade para as pessoas que gostam do assunto, assim como fornecer a elas conhecimentos e informações para serem aplicadas em suas operações.
Muitos ainda acreditam que podemos considerar que seu início é anterior a isso, quando Benjamin Franklin publicou o “Almanaque do Pobre Ricardo” para promover sua gráfica. Isso no século XVII.
Qual pode ser considerada a primeira manifestação do marketing de conteúdo pode ser algo incerto, mas, depois disso, muitas marcas utilizaram de táticas semelhantes, como a Michelin, que fez o guia conhecido mundialmente que lista os melhores restaurantes.
Mas porque uma marca de pneus faria algo relacionado à gastronomia? À princípio, o guia tinha o intuito de fazer as pessoas usarem mais o carro para se deslocar para diferentes restaurantes. Mas hoje isso foi além e contribui para o conhecimento da marca e a consolidação do seu nome.
Tendo explicado que o marketing de conteúdo é muito mais antigo do que parece, confira a linha do tempo que preparamos para você:

1732 – Benjamin Franklin publica o Almanaque do Pobre Ricardo
1861 – Samuel Wagner lança o American Bee Journal
1895 – A revista The Furrow é lançada pela marca John Deere.
1900 – A Michelan (empresa de pneus) cria o Guia Michelin.
1904 – JELL-O (marca de gelatina) lança livro de receitas.
1922 – SEARS inicia um programa de rádio – “A Maior Loja do Mundo”.
1962 – Leite Moça, da Nestlé, passa a vir com receitas em seus rótulos.
1982 – Hasbro e Marvel criam histórias em quadrinho em parceria.
1983 – Chocolate Surpresa, da Nestlé, traz cards colecionáveis sobre diferentes temas.
1984 – A Lego lança a revista Brick Kicks.
1988 – A Shell estreia o Clube Irmão Caminhoneiro.
2004 – Sherwin Williams (marca de tintas) lança a revsita STIR sobre decoração e arquitetura.
2004 – Microsoft lança o blog corporativo Channel 9.
E essa história segue até hoje com inúmeros cases de sucesso…

Qual a diferença entre Custom Publishing e Marketing de Conteúdo?

Alguns estudiosos consideram que o marketing de conteúdo é um mix de publicações customizadas em diferentes canais e meios, com intuito de gerar interesse para depois fisgar o cliente com serviço ou produto.
Já o custom publishing teria um apelo mais informativo, com foco maior em garantir o relacionamento com o consumidor. Sendo assim, uma técnica um pouco mais sutil de fisgar o cliente.
Porém, de acordo com Custom Content Council (a associação dos EUA para editores personalizados), custom publishing se trata das:
“… ambições de marketing de uma empresa com as necessidades de informação do seu público-alvo. Isso ocorre por meio da entrega de conteúdo editorial – via impressão, internet e outras mídias – tão intrinsecamente valioso que move o comportamento do destinatário na direção desejada.”
E de acordo com um artigo publicado pelo Content Marketing Institute, “Publicação personalizada teria sido o termo tradicional para o que agora é conhecido como marketing de conteúdo.”
Ou seja, há uma linha tão tênue entre um e outro que fica difícil precisar quando é um ou outro. Talvez, a diferença no nome se deve a quem produz o conteúdo do qual estamos falando. Editoras costumam chamar de custom publishing o material que produzem para empresas e marcas. Já as marcas, quando o produzem, chamam de marketing de conteúdo.
Além disso, o termo marketing de conteúdo passou a ser mais amplamente divulgado em meados de 2000 por fazer referências a diferentes meios em que as informações podem estar. Enquanto custom publishing estava muito mais vinculado a publicações impressas.
Sendo assim, em meio a tantos termos que a internet vêm trazendo para diferenciar o conteúdo online do que já era feito no mundo off-line, surgiu o marketing de conteúdo que, inclusive, pode também ser usado para produtos que não estão on-line.